sábado, 16 de outubro de 2010

Bons ventos tragam a primavera!

Primavera: sempre adorei essa estação. Talvez porque traga meu nome no meio da palavra, sempre me identifiquei com esses meses do ano. Especialmente o mês de outubro. Quase final de ano, as festas se aproximando, o vento, o clima mudando e trazendo as flores. E é sobre elas que quero falar. Gosto de observá-las em todas as suas fases. Agora o Jasmim de Madagascar da minha varanda está em flor. Começando a abrir. Não vejo a hora de sentir o perfume de suas florzinhas brancas e miúdas nas noites quentes que se aproximam. Já a romãzeira sofreu um pouco com o vento dos últimos dias em São Paulo, mas está se recuperando. A natureza é sábia e deve estar fazendo isso para que ela fortaleça ainda mais seus frutos. E assim, observando as flores faço minha conexão com a natureza todos os dias. E isso é tão importante para alimentar nossa energia. Se eu fosse você experimentava.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

As emoções da água

Outro dia estava assistindo pela enésima vez o filme "Sob o sol da Toscana". Aliás, sempre tive uma fixação por filmes que mostram casas caindo aos pedaços sendo completamente reconstruídas, e esse é especialmente fascinante nesse quesito. Primeiro pelo cenário e depois pela excelente interpretação de Diane Lane como a escritora Frances Mayes que resolve abandonar sua vida em São Francisco (após uma decepção amorosa) e compra uma casa chamada Bramasole, no miolo da Toscana. Sem perceber, conforme a reforma da casa avança ela também vai reformulando seus sentimentos. Entretanto, há uma cena emblemática dessa transformação. É a última cena do filme. Existe uma torneira que passa o filme inteiro pingando sem jamais alguém conseguir entender por que não funciona. No final do filme, quando Frances redescobre o amor, a torneira começa a jorrar água sem parar (e pela enésima vez eu choro...). Mas, afinal, o que o Feng Shui tem a ver com isso? Usei esse exemplo para ilustrar que a água está relacionada com as nossas emoções. E como sempre digo, o físico dá sinais daquilo que é invisível, portanto, não descuide dos encanamentos e dê fim a qualquer sinal de vazamento na sua casa. Combinado?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Lição de humildade

Esta semana recebi a triste notícia do falecimento do Prof. Lin Yun - mestre que trouxe para o lado de cá do nosso planetinha os ensinamentos da Escola de Feng Shui do Chapéu Negro. Fiquei surpresa e ao mesmo tempo conformada porque tive recentemente a felicidade de encontrá-lo em uma de suas últimas conferências, em Nova York. Não fosse a cadeira de rodas e a tosse incessante, a julgar por seu bom humor, eu diria que ainda teríamos muitas oportunidades de absorver seus conhecimentos. Do alto de seus mais de 80 anos de idade, o Prof. Lin Yun ainda parecia um menino. Na foto ao lado, ele folheava o livro escrito por uma aluna de pouco mais de 20 anos. Ela fez uma adaptação de seus ensinamentos para o público infantil, com edições em francês, inglês e chinês. Admirado com a precocidade de sua discípula, ele não cansava de olhar cada página, como um arquiteto que observa sua obra. Que grande exercício esse de abandonar o ego e transferir os louros para um discípulo! Em um de seus vários prefácios ele cita um provérbio chinês, muito utilizado por professores quando reconhecem que um aluno superou o conhecimento de seu mestre, que diz: a tinta azul é mais azul do que a planta de onde ela foi extraída. Só um verdadeiro mestre pode dar uma lição de tamanha humildade. Serei sempre muito grata por seus ensinamentos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Arte Interior assoprando a primeira velinha!

Começou tímido, escondidinho e aos poucos foi se deixando ler, conhecer. Primeiro veio o nome. Algum anjinho assoprou no meu ouvido: ARTE INTERIOR. Conseqüência do meu amor pela arte do fazer, do artesão. Interior porque conhecer-se é uma arte que aprendemos por uma vida toda, ou por várias vidas. E o Feng Shui para mim é, acima de tudo, uma forma de autoconhecimento. Por isso, nesta data quero agradecer a todos que me apresentaram esse caminho: em primeiro lugar aos meus queridos pais que me ensinaram que saber não ocupa espaço; ao meu marido por sua generosidade; à minha irmã por me presentear com o livro daquela que seria e é minha grande mestra nessa caminhada: Silvana Occhialini; a todos os meus amigos e amigas que ao longo desse ano me fizeram acreditar que a vida pode ter outras cores.
Obrigada, obrigada, obrigada.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Pé na estrada

É, eu sei, faz algum tempo que não escrevo. Explico: viajei para participar de mais um workshop sobre Feng Shui com o mestre chinês, Prof. Lin Yun. Porém, não é sobre o curso que eu quero falar, mas sobre a experiência de visitar um local que é a prova concreta de que é possível mudar a energia (ou Ch'i) de um lugar. Refiro-me ao High Line Park (http://www.thehighline.org/), inaugurado há um ano no bairro Chelsea, em Nova York. O parque era antes uma via férrea horrorosa, abandonada há anos. Hoje é o primeiro parque elevado das Américas que, além de contar com um jardim suspenso lindo, oferece inúmeras atividades para moradores e turistas. E foi o que eu fiz. Saindo do aeroporto de Newark, às 6h30 da manhã, fui direto para a aula de pilates oferecida pela High Line gratuitamente. A energia do local é fantástica. Muitas pessoas caminham, outras passeiam, algumas simplesmente descansam nas espreguiçadeiras. É um ótimo exemplo de boa ocupação do espaço público. Tenho certeza que a Danuza Leão não aprovaria minha escolha, mas esticar o esqueleto, depois de viajar quase 9 horas na classe econômica, foi bastante prazeroso e reenergizante.

Semana que vem, tem mais.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

É fogo!

Seguindo o ciclo de geração dos elementos, o próximo de que vou falar é o fogo. Esse elemento, alimentado pela madeira, tem em sua característica a dependência, ou seja ele depende de algum combustível para existir. Também representa o brilho, o calor e a aridez. Ocupa a posição mais yang do baguá o que significa o momento com maior iluminação, maior presença de luz. Não é à toa que está relacionado com nossa fama, mas não no sentido mundano da palavra, aqui estamos falando da forma como somos reconhecidos pela sociedade. Ou seja, só podemos ser reconhecidos por aquilo que fazemos, ou mostramos de nós mesmos. Você já parou para analisar como as pessoas te vêem? Não é um exercício fácil mas é muito útil para avaliar se você está repetindo comportamentos que não te servem mais. Quanto mais alinhamos nosso caminho com nossa essência e missão de vida mas felizes ficamos com a forma como somos reconhecidos. Algumas manifestações físicas podem dar sinais de como está a energia dessa área em nossa vida. Se essa é uma área faltante no seu imóvel ou se existem banheiros nessa posição (ciclo de controle: a água apaga o fogo!), isso pode significar que você tem dificuldades em ser reconhecido por aquilo que faz por seus amigos, chefe, etc, ou que você dá muita atenção às opiniões alheias sem cultivar sua auto-estima. Para ativar essa área use luzes, velas ou a cor vermelha. Mas cuidado com os excessos. Lembre-se que o fogo incendeia. Se exagerar na dose também pode ser reconhecido por um aspecto negativo que deseja ocultar.

Elemento: fogo

Período do ano: verão

Direção: sul

Cor: vermelho

Forma: triangular

Órgão: coração e olhos

Emoção: euforia

Virtude: polidez

Animal: faisão/pavão (simbologia chinesa)

domingo, 28 de março de 2010

Os ciclos de geração e controle dos elementos

Antes de falar especificamente de cada elemento (madeira, fogo, terra, metal e água) é importante esclarecer que os elementos são representações das forças da natureza. E como forças, elas obedecem a um ciclo natural que pode ser de geração ou de controle. O ciclo de geração pressupõe que uma força alimenta a outra de forma harmônica e contínua, ou seja, a madeira é combustível para o fogo, que por sua vez produz a terra através das cinzas de sua extinção. Essa terra contém o metal que, uma vez condensado, vira a água que vai nutrir a madeira e recomeçar o ciclo. Já o ciclo de controle, como diz o nome, é mais tenso. Uma força se sobrepõe a outra de forma mais agressiva. Assim, a madeira consome a terra, que por sua vez controla a água, que apaga o fogo, que derrete o metal, que corta a madeira.

Para a harmonização de um ambiente precisamos observar se esses cinco elementos estão em equilíbrio. Se estiverem em excesso ou falta, o uso dos ciclos de geração ou controle são indicados. Vejam no post a seguir, o que acontece quando temos desequilíbrio do elemento madeira.

O elemento madeira

Nosso Chi é a nossa essência, aquela que nunca muda desde que nascemos até quando morremos. Entretanto, o estado desse Chi pode mudar. Se estiver bem nutrido você se sentirá bem, caso contrário sentirá os reflexos físicos e/ou emocionais de sua fraqueza. Existem muitas formas de melhorar a qualidade do seu Chi e observar o equilíbrio dos cinco elementos, que mencionei no post anterior, é uma delas.

Cada elemento está associado a um período do ano, a uma direção, cor e parte do corpo. O elemento madeira corresponde à energia emergente da primavera, quando as plantas brotam. Portanto, está relacionado ao nascimento e expansão. A cor da madeira é o verde, representado pela imagem da árvore, que finca suas raízes e absorve da terra os nutrientes para seu crescimento.

Como analisar isso na prática? Quando você entra numa casa repleta de móveis pesados de madeira escura, estampas florais, tapetes desenhados, chão de madeira, imediatamente você sente que existe algo em excesso. Para suavizar podemos usar o elemento fogo que vai drenar a energia da madeira, ou então usar o elemento de controle, que nesse caso é o metal. Ele corta de forma mais contundente a presença da madeira. Como fazer isso? Pintando a madeira de branco, por exemplo. A madeira permanece lá como matéria prima, mas a cor branca suaviza o excesso.

Da mesma forma você pode encontrar um ambiente escasso de elemento madeira. Trazer plantas vivas, tecidos floridos ou listrados e a cor verde ajudam a equilibrar a falta desse elemento.

Pessoas com desequilíbrio de madeira podem apresentar acessos de raiva, tanto a expressa quanto a reprimida. Isso prejudica o fígado e leva à tensão muscular e a várias indisposições, como dores de cabeça, problemas de visão e menstruação irregular. A emoção positiva do fígado é a bondade.

Elemento: madeira
Período do ano: primavera
Direção: leste
Cor: verde/azul
Órgão: fígado
Emoção: raiva, ansiedade
Virtude: Bondade, firmeza
Animal: dragão azul (simbologia chinesa)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Natureza do equilíbrio

É impossível não comentar a reação da natureza nestes meses de janeiro e fevereiro. Hoje é o segundo dia sem chuva em São Paulo, após 48 dias ininterruptos de pancadas torrenciais todas as tardes, noites ou manhãs. Será que a natureza está querendo dizer alguma coisa? Tenho cá pra mim que sim. Para começar ela quer dizer que a primeira frase deste post contém um erro clássico: colocar a natureza lá, e nós aqui. Afinal somos nós de alguma natureza diferente? Não. Quando a gente sente calor, transpira. Será que a terra não está transpirando também? Com toda essa água, ela deve estar sentindo muito calor. Observar a natureza (incluindo a nós mesmos) é uma forma sábia de encontrar o equilíbrio. Os mestres Taoístas já sabiam disso quando desenvolveram a medicina chinesa, incluindo o Feng Shui. Madeira, fogo, terra, metal e água são os cinco elementos que de acordo com essa arte milenar devem estar em harmonia para que tudo funcione bem. Na nossa casa, os materiais, acabamentos que escolhemos para a decoração, as cores, as plantas, todos os objetos que utilizamos ao nosso redor dão indícios de como estamos equilibrados por dentro também. E como a natureza nos ensina, tudo o que está em excesso não é saudável. Nos próximos posts vou escrever sobre cada um desses elementos e o que podem causar quando estão em desequilíbrio. Até lá.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Janeiro, o mês dos sonhos.

Não tirei essa afirmação de lugar nenhum, mas da minha própria experiência. Adoro esse mês por essa qualidade onírica. A perspectiva de um ano inteiro pela frente me enche sempre de esperanças. Parece que tudo pode ser feito, tudo é permitido, tudo dá tempo. É uma energia completamente diferente de dezembro, quando parece que tudo está atrasado. Então, num passe de mágica o dia 31 põe um fim a essa loucura. E vem o dia 1° de janeiro. Parece um dia enoooorme. Toda a pressa acabou. Correr agora pra quê?
Claro que tem o IPTU, o IPVA, a matrícula das crianças, etc.... e tudo isso pode atrapalhar um pouco esse cenário lindo que estou querendo pintar na sua cabeça. Mas vamos esquecer esses assuntos chatos nesse minuto e nos concentrar naquilo que você quer para este ano. É muito bom estabelecer um foco e perseverar. Para ajudar nesse exercício, nada melhor que fazer uma boa faxina em casa. Estou sendo repetitiva com a questão da bagunça mas, se existe mês apropriado para fazer faxina esse mês é janeiro. Pense naquilo que deseja para este ano, enquanto limpa as gavetas, arruma os armários, doa roupas que não usa, arruma sua mesa de trabalho ou gasta um tempinho organizando os cartões de visitas. Com esse exercício você estará abrindo espaço para tudo de novo que deseja para este ano. Feliz 2010!